Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

O Mundo que nos Rodeia

Trata do "nosso" Mundo, de tudo o que nos Rodeia, informações, opiniões e análises em diversas vertentes da nossa sociedade e do nosso habitat, que é o Planeta TERRA.

O Mundo que nos Rodeia

Trata do "nosso" Mundo, de tudo o que nos Rodeia, informações, opiniões e análises em diversas vertentes da nossa sociedade e do nosso habitat, que é o Planeta TERRA.

Pedro_João.jpg

ESQUERDA, ESQUERDA O QUE ANDAS A FAZER?

Agora que foi confirmado o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, após votação das diversas forças política, com a Esquerda ao lado da Direita (algo que há uns anos, acharia impossível) e derrotando um Orçamento que não agradava, nem a uns, nem a outros, parece-me estranho que o posicionamento do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista Português seja a de que não há necessidade de dissolução da Assembleia da República. Das duas uma, ou andavam todos distraídos, ou acharam que Marcelo apenas estava a fazer “bluff”, será?

Pedro Filipe Soares e João Oliveira parecem “meio” desorientados com a perspetiva (certeza) de eleições, lá para finais de janeiro, princípios de fevereiro; mas não era isso que esperavam ao deixar cair o OE? Esquerda, esquerda, o que andas a fazer? Agora já não existe solução, tivessem pensado nisso atempadamente e por isso prevejo que após as próximas eleições, as suas bancadas diminuam substancialmente, quer do Bloco (que tem atualmente 19 deputados), quer do PCP (que tem 10 deputados) e depois vamos ver as “lutas políticas” e a “força” que estes partidos vão ter no quadro político português, ai esquerda, esquerda, o que andaste a fazer?

Bloco Vs PCP.JPG

A VERGONHA DA ESQUERDA: BE e PCP

Assisti na totalidade, durante dois dias intensos, ao debate na Assembleia da República sobre o Orçamento de Estado e como homem de esquerda sinto-me envergonhado, enganado e acima de tudo manipulado, por todos estes anos ter votado à esquerda do partido socialista. Se do PCP, já todos sabemos o seu comportamento e das fortes pressões sindicais que passa sempre que há uma votação orçamental, da parte do Bloco de Esquerda, foi simplesmente inarrável o que fizeram ao “povo” português, pontapeando-os para mais um ano, sem aumentos nos ordenados e pensões, sem aumentos nas prestações sociais, sem avanços nas leis laborais, sem reforço na saúde…foi isso que fez hoje o Bloco de Esquerda.

O Bloco mostrou mais uma vez a sua falta de sensibilidade política, social e humana e manipulado por três ou quatro pessoas (que não direi os nomes, claro), afundou o país no mais profundo sufoco e colocou os mais vulneráveis ao “deus dará”, apenas para satisfazer o seu orgulho. Espero muito sinceramente que todos nós, nas próximas eleições nos lembremos disso e coloquemos o BE no fundo da tabela dos partidos com assento parlamentar, talvez fiquem apenas essas três ou quatro pessoas que tudo decidem no partido.

Qualquer argumentação que possam esgrimir, mesmo perante a arrogância da líder do partido socialista, Ana Catarina Mendes (que é intragável), a posição tomada só mostra mesmo a sua perfeita IGNORÂNCIA, perante as dificuldades dos cidadãos, ou então, o que será bastante pior, o DESRESPEITO TOTAL perante um país que sofreu, primeiro, quatro anos de direita e de Passos Coelho e mais dois de Pandemia. Só espero que o arrependimento não seja maior, caso a direita tome o poder nas próximas eleições (se as houver, claro)!!

Espero bem que o Bloco de Esquerda se torne um partido irrelevante no quadro político português…por mim irei contribuir para isso.

OE2022.jpg

POSIÇÃO “IRREVOGÁVEL” DO BE

No primeiro dia de debate do OE para 2022 apresentado pelo governo PS, fiquei com a nítida sensação, que o Bloco de Esquerda está com vontade de alterar a sua posição de voto para viabilizar a passagem à especialidade do Orçamento.

Será que estamos perante uma posição “irrevogável”, para uma alteração ao sentido de voto do Bloco de Esquerda?

Tal como Paulo Portas, em 2013, onde a sua demissão “irrevogável” durou quatro dias, após não aceitar que Maria Luís Albuquerque substituísse o então Ministro das Finanças Vítor Gaspar, parece que o BE estará numa posição idêntica, se alterar o seu posicionamento de voto, mas tudo é de esperar.

PS IRREDUTÍVEL, PEDE COLABORAÇÃO

O PS, mais uma vez, na sua arrogância total, tenta a colaboração dos partidos de esquerda, não deixando de os atacar, o que me parece de muito mau tom para quem quer colaboração e Orçamento aprovado. Vi de muitos deputados do PS mais consciência e mais aproximação ao BE e ao PCP, do que do próprio governo. Acho também que os célebres “nove” pontos que o BE apresenta, não serão quanto a mim, suficientes para fazer com que um país inteiro vá a votos, com todas as consequências que daí podem advir, não havendo garantia de qualquer resolução para o país.

A POSIÇÃO DE MARCELO É ANTI-DEMOCRÁTICA

Como todos sabemos (será que o Presidente não sabe?) o chumbo de um Orçamento, não implica a Dissolução da Assembleia da República, pelo que acho de muito mau tom, o presidente estar a condicionar a posição dos partidos, indicando o que pretende fazer, sem ouvir os partidos numa primeira fase, mas como em tudo, poderá “virar-se o feitiço contra o feiticeiro” e quero saber como vai o presidente descalçar a bota, se nas hipotéticas eleições, o PS voltar a ganhar sem maioria absoluta. O que fará? Vai convidar de novo o António Costa a formar governo? Será que vai?

 

 

 

Geringonça.JPG

O FRACASSO DA ESQUERDA

Após alguns anos de entendimento, eis que a esquerda chega ao seu fracasso total, sem que o governo chegue a entendimento com os restantes partidos, BE e PCP. Não vale a pena estar a esgrimir responsabilidades, pois nesta situação, todos eles têm a sua quota-parte, PS, com a maior fatia de responsabilidade, pois como governo, deveria fazer um esforço acrescido, mas tanto BE como PCP, terão, a meu ver, uma responsabilidade dividida.

Vale à esquerda o facto de tanto PSD como CDS andarem “entretidos” em arranjarem os melhores representantes para os seus partidos, deixando à mercê de outras forças da extrema-direita, o acesso a maior destaque e porventura maior relevância numas próximas legislativas.

QUE SOLUÇÃO PARA O PAÍS?

Nestas circunstâncias, e perante uma arrogância total do PS, nas relações com a esquerda (BE e PCP), onde a palavra de ordem foi sempre, “quero, posso e mando”, vai o país mergulhar num marasmo, que a ninguém será favorável e ver-se perante uma situação de desnorte, colocando os cidadãos numa nova encruzilhada do “salve-se” quem puder. O pior será com certeza, se nova vitória do PS acontecer sem maioria absoluta (o que será provável), o impasse manter-se-á, pois se agora não houve acordo, daqui a seis meses, provavelmente também não haverá. Não podemos aqui, descartar também as “culpas” do BE e do PCP, perante este não acordo e embora o BE queira agora dar uma reviravolta, “implorando” novas negociações, o PCP, foi a reboque das pressões sindicais e relançou o país e os cidadãos, que “tanto defende”???? para a apocalíptica gestão dos seus já baixos recursos. O ressurgimento da direita é assim, uma hipótese forte, com o Chega a “espreitar” a sua oportunidade de se afirmar como solução para Portugal. Depois não venha a esquerda queixar-se de tremenda reviravolta da “Democracia” no país.