Pessoas certas, nos lugares certos

Muito se tem falado de pessoas certas, nos lugares certos. Não é por acaso, que os políticos discutem presidências nos seus partidos, discutem lugares na Assembleia da República, discutem ministros para as diversas pastas.

Mas hoje falemos de futebol…como todos sabemos, no último domingo tínhamos um jogo decisivo para o apuramento direto para o Campeonato do Mundo, a realizar no Qatar. A Portugal apenas bastava um empate e jogava perante o seu público e no maior estádio português, o Estádio da Luz. Perante quase 60.000 pessoas, o descalabro aconteceu, nem vitória, nem empate, mas uma derrota que humilha o futebol português, e põe em causa o apuramento para o Campeonato do Mundo. Agora aparecem os “tais” críticos de tudo e de todos, afirmando que Fernando Santos, já há muito que não devia estar ao leme da seleção…que está ultrapassado e que não tem condições para desempenhar o cargo de selecionador nacional.

Daí surge a pergunta…Está Fernando Santos no lugar certo? No meu entender, é claro que não, mas não é perante esta derrota, não…desde sempre, assim como muitos ministros não estão no lugar certo, muitos políticos não estão no lugar certo e até muitos gestores não estão no lugar certo… Por isso, e mais do que responsabilizar Fernando Santos, devemos responsabilizar quem coloca pessoas em lugares que nunca deviam estar…assim como todos nós, não nos podemos queixar, se dia 30 de janeiro colocarmos no poder, quem depois não terá competência para gerir o país…. Lembrem-se disso!!!!

João Cravinho vs António Costa vs Marcelo Rebelo de Sousa

Parece-me muito estranho e de grande gravidade que o Ministro da Defesa não informe o senhor Primeiro-Ministro, da Operação Miríade, não o fazendo também com o Presidente da República…será desnorte deste governo? Ou apenas, ninguém reporta a ninguém e todos fazem o que querem?

Marcelo Rebelo de Sousa, é o Comandante Supremo das Forças Armadas e por isso tinha de estar informado sobre uma investigação “à sua casa”, parece-me óbvio, mas parece que João Cravinho, como já o vem demonstrando, faz aquilo que bem lhe apetece e nem ao “seu chefe” informa. (António Costa)

Estamos realmente perante uma situação muito grave, de falta de interação entre o Primeiro-Ministro e os seus ministros, mas mais grave ainda é, o senhor António Costa, achar tudo muito natural e o Presidente afirmar, “olhe não sabia de nada”. Parece-me mais, que estamos num daqueles países da América Central ou do Sul, em que cada ministro faz o que quer e bem entende e não passa “cavaco” a ninguém…Um governo “sem rei, nem roque”, é o que é… Mas afinal somos da Europa ou não? Às vezes parece mesmo que não!

Ventura, quer o Poder…

Estive ontem a ouvir atentamente a entrevista a André Ventura, e uma conclusão é óbvia, o senhor quer “poder”, nada mais, preocupações com o povo, com as populações desfavorecidas, nada, mesmo nada, apenas o…PODER.

Para isso, não fará qualquer acordo com a direita, que não seja, com lugares no governo e espera ter 15% nas legislativas…espero bem que se engane, e não tenha mais do que um terço do que quer, ou seja, 4% a 5%, e mesmo assim, ainda vai chatear no Parlamento com mais alguns deputados.

Uma entrevista pobre, em que o ego do senhor Ventura esteve sempre presente, achando-se parte fundamental da direita em Portugal, talvez se engane senhor Ventura, talvez se engane…

Ai, Costa, Costa, achas que o povo é tolo?

Estive ontem a ouvir atentamente a entrevista de António Costa na RTP e muito sinceramente ouvir Costa ou ouvir aquelas histórias que a minha mãe me contava para adormecer, é precisamente a mesma coisa.

Vem agora o senhor Costa, com o seu charme político, dizer que fará alianças, da direita à esquerda, passando pelo centro, para fazer governo? Ó Costa, o povo português não anda a dormir, embora tu penses, estamos atentos e não basta pedir uma maioria absoluta, para a teres, terias que ter feito muito, mas muito mais, pelo povo, pelos trabalhadores, pelos pensionistas, coisa que não estavam no teu farol político.

Uma coisa eu fiquei com a certeza desta entrevista, o António queria mesmo eleições antecipadas, ou não seria ele um SONHADOR!!! Mas como dizia o poeta, “o sonho comanda a vida”, e Costa não desarma…

PSD, a 27 de novembro, e os outros?

Finalmente está escolhida a data para as diretas do PSD, onde nesse dia (27 de novembro), dois candidatos que se veem “gladiando”, dando uma péssima imagem ao país, vão a votos. Ora, se entre Rui Rio e Paulo Rangel, o ambiente frenético, pouco amistoso, senão mesmo de ódio é assim, o que dizer se um dia fossem poder…ai cidadãos, cidadãos, teríamos um novo Passos Coelho? Ou pior, não sei.

Por outro lado, o PCP, já começou o seu trabalho de unir o partido, de serrar fileiras para a batalha que se adivinha e que culminará no dia 30 de janeiro. Por outro lado, e estranhamente, o Bloco mostra-se ainda “afastado” das lides eleitorais, e mais preocupado com as questões ambientais, não que sejam de somenos importância, mas parece-me que perante o que aconteceu, haveria de tomar já medidas, para minimizar o que será o desbaratar de votos nesta força política.

O CDS, mantém a figura do “Chicão”, como líder, o que a bem dizer, será de enorme vantagem para o próprio PSD, que irá “amealhar” mais alguns votos e verá o seu “grande” comparsa desaparecer, praticamente, da cena política.

Quanto ao PS, que anda a reboco do seu líder, trabalha com certeza no “silêncio da noite” e projeta o seu discurso e a sua campanha, para “imputar” culpas da situação política à esquerda, achando-se capaz de uma maioria absoluta, o que me parece também, um desfasamento entre o sonho e a realidade, mas Costa sempre foi um “sonhador”, mas o povo, sim o povo, esse tão desejado umas vezes e odiado outras, não perdoará NUNCA, ao partido do governo, esta crise, lá isso não!

30.01.2022, uma data de Direita?

Escolhida que está a data para as eleições legislativas, parece estarmos mais uma vez, perante um favorecimento claro à direita portuguesa, o que não será de estranhar, sabendo-se o quadrante político do Presidente da República.

Para quem até anunciou antecipadamente as eleições, para quem afirmou da necessidade urgente de termos um Orçamento de Estado, para quem falou desesperadamente da estabilidade política, parece-nos que marcar as eleições para daqui a três meses, é muito estranho.

Sabendo-se que a direita em Portugal anda aos “trambolhões”, entre guerras internas pelo poder, Marcelo, recebe o candidato a presidente do PSD, Paulo Rangel, marca as eleições para final de janeiro e, depois diz que é para bem do debate público e para “poupar” os portugueses de campanhas em pleno Natal e Ano Novo…Alguém acredita? Ou simplesmente quis beneficiar a direita em geral e o PSD em particular, tendo como é notório, por Paulo Rangel uma preferência nítida para líder do “seu” partido.

A verdade na política e a política da verdade, para quando em Portugal?

Venha lá então essa data da direita…30 de janeiro de 2022.

UM-DO-LI-TÁ, QUE DATA SERÁ?

Após audição dos parceiros sociais e dos partidos com assento na Assembleia da República, eis que Marcelo Rebelo de Sousa convoca o Conselho de Estado (não sei bem para que serve este órgão), a fim de marcar a data das eleições legislativas, originado pelo chumbo do Orçamento se Estado, por parte da direita e esquerda, salve-se pequenas exceções, e claro do partido que suporta o governo (PS).

Perante uma esquerda que tentava “demover” o PR para esta solução, já há muito anunciada por Marcelo, surge uma direita, mais preocupada com a data, devido à luta de poderes dentro dos respetivos partidos (PSD e CDS). A data que será anunciada por Marcelo na próxima quinta-feira (esperemos), irá determinar muito do posicionamento da Direita, perante estas legislativas e irá mostrar claramente quem Marcelo quer à frente do PSD, se a continuação de Rui Rio, se o renovado Paulo Rangel.

Quanto à Esquerda, parece-me que havendo Dissolução da Assembleia e Eleições (acho que não há volta a dar), preferem o quanto antes, ou seja, quanto mais depressa saberem os resultados da “borrada” que fizeram…melhor!

O grande problema, e não sei se Marcelo refletiu, (penso que não, porque estava desejoso de quebrar este ciclo da Esquerda em Portugal), é que após as eleições, tudo poderá ficar na mesma, o PS, ganhar sem maioria, a esquerda (PCP e BE), descerem substancialmente, mas mesmo assim formarem maioria com o PS na Assembleia e a Direita decidindo se escolheu bem os seus lideres para as eleições, aproximando-se, mas não chegando para o almejado governo de Direita…Vamos ver como o PR vai desatar o nó…VEREMOS, ou será que o PCP e BE, vão “engolir” o famigerado SAPO? Ou o PS, mete a “Viola no saco” e sujeita-se aos desejos da Esquerda? Ou provavelmente poderá acontecer um misto, o sapo da esquerda entra dentro do saco da viola do PS e este fica sem viola!!!!